domingo, 26 de junho de 2011

"Prefiro que me chamem Álvaro em vez de ministro"

Não há jornal online que o não destaque esta frase.

Os jornalistas passaram-se. Então “isto” é notícia?

Absurdo. Ridículo.

Os bancos do Reino Unido numa encruzilhada, face à dívida grega

"The UK has the third largest exposure after France and Germany," said a high-level EU source. "It should be aware of the effect of standing aside from discussions."

But Whitehall insiders have confirmed that chancellor George Osborne's staff are on the case, working on ways to involve British bondholders in rescue moves that will almost certainly involve a short-term hit.

Another worry is that Britain's banks and hedge funds have written multibillion-pound insurance contracts – credit default swaps – that would be triggered if Greece defaults.

Erik Britton, director of City consultancy Fathom, said: "It's not the direct exposure, it's the indirect exposure and the implications of an unruly default that I would be worried about. French and German banks bought Greek bonds, and they took out insurance against default. Who did they take out that insurance with? The US and UK banks. There has to be a loser – who's the loser?"

http://www.guardian.co.uk/world/2011/jun/25/greece-debt-british-banks

Contrariamente ao que tem sido difundido por cá, afinal a exposição à divida grega é maior no Reino Unido e nos EUA, que na Alemanha e França (não será esta a razão porque a Alemanha e a França resistem à solidariedade?). Pese embora a opinião dos  “taxpayers” ingleses, o Reino Unido terá que se envolver na solução do problema… não vá acontecer o pior. Não estão isolados na sua ilha e imunes ao “problema” Grego. Ninguém está, afinal. A solução ou é global ou não será.  E se não for, não há optimismo nem estado de graça governamental que nos salve. 

domingo, 19 de junho de 2011

Será a Escherichia coli ? – Os alemães estarão a perder o tino depois do erro do pepino?

 

daqui:

http://aviacaoportugal.net/showthread.php?t=4411

 


"Um avião da Iberia que fazia uma viagem entre Madrid e Frankfurt teve de regressar ao aeroporto da capital espanhola porque um passageiro se despiu em pleno voo, conta a AFP.
«Um passageiro de nacionalidade alemã despiu-se a bordo do avião em pleno voo, na noite de quinta-feira», relatou um porta-voz da companhia aérea.
«A tripulação tentou dissuadi-lo, mas ele ficou agressivo. Depois, ele trancou-se numa casa-de-banho e o piloto decidiu voltar para Madrid», acrescentou.
O homem foi posteriormente detido e interrogado pela polícia. As razões para tal acto não foram reveladas."

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Os vampiros

"Os mercados cheiram sangue", terá dito Durão Barroso numa reunião em Bruxelas, referindo-se à urgência em encontrar uma solução para a Grécia. E tem razão. Ontem, o dia foi de caos no mundo financeiro. Os juros soberanos subiram em escalada - os portugueses renovaram máximos -, o euro caiu a pique e as bolsas afundaram. O impasse europeu em torno do futuro helénico torna cada vez mais provável o cenário de bancarrota no país e está a arrastar o resto dos periféricos para o lodo.”

Jornal Económico

 

A culpa da crise  já é dos mercados … finalmente!

 

“Todo o mundo é composto de mudança”

terça-feira, 14 de junho de 2011

Fernando Pessoa – 123 anos

Grécia, Roma, Cristandade,
Europa - os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?

sábado, 11 de junho de 2011

Ler o besugo e ficar de alma lavada

Aqui:

http://gravidadeintermedia.blogspot.com/2011/06/senhor-primeiro-ministro-cessante.html

“…

Em Portugal (dispenso-me de falar doutros países, há tipos com blogues noutros países e eles que escrevam sobre isto se quiserem), para os portugueses, o acto de linchar é uma espécie de refeição ao meio da manhã que se toma em grupo. Em cardume, em manada, em matilha. Não sei o substantivo colectivo que define uma resma de hienas, que seria o mais adequado para o que quero dizer, de maneira que vou inventar uma palavra para isso: putedo.

Ora o putedo, em se apanhando diante dum alvo erecto, rosna baixo a olhar os passarinhos que esvoaçam. Em o alvo se abaixando para qualquer coisa (ou por qualquer coisa), rosna alto e começa a mirar as próprias fezes. Em apanhando o alvo um bocadinho de cócoras, para apanhar qualquer coisa que lhe caiu, começa a rodeá-lo e a guinchar risadas funâmbulas, com as supracitadas fezes já na boca. Metade do putedo agride já o alvo, com as gengivas fétidas onde desabundam dentes e progride a piorreia. Se o alvo cai, matam-no com a rapidez lenta dos vagares vorazes. E não o comem logo por ser carne fresca.

O putedo é cobarde e, como convém aos cobardes, abundante.

O putedo é um grupo de acólitos de Lynch fora do tempo mas que marcha em passo concertado. O putedo lincha, embora queira deixar no ar a ideia de que apenas putifica (e putificar é uma palavra putificante, ou seja, bastante parecida com purificante - do ponto de vista do crescente putedo que se guindou a analista do léxico e das coisas todas).

Repugna-me muito o que tenho lido e escutado - de Mena Mónica e Barreto, de Pilatos e Caifás, de Caius Detritus (leia-se Mário Crespo) e Manuel das Iscas, de José Moura Guedes e Eleutério Caquinha - sobre José Sócrates. Não assistia a um linchamento tão concertado, tão prolongado, tão "encomendado", desde 1988, quando me mostraram na televisão e nas revistas a agonia dos dois polícias ingleses putificados às mãos dos católicos em carpideira ânsia de putificação de Belfast. Já não via o putedo a exercer a sua putificação de maneira tão despudorada e tenaz, portanto, há muitos anos.

De maneira que informo (marimbando-me perfeitamente para o putedo) que emprestaria o meu carro a José Sócrates, se ele mo pedisse. E mais não informo porque o acto de informar se tem vindo a transformar, duma maneira cada vez mais desassombrada, num acto de puta. E eu, puta, não sou. Embora saiba que se fosse seria bastante cara: é que mesmo assim tenho procura; de algum putedo.

…”

terça-feira, 7 de junho de 2011

O nível

Tudo nos eixos. Isto sim. É o que se espera da direita.

http://youtu.be/hDcU-5l-N2s

Cidadania, Ana Gomes?

Já enalteci a coragem e o desassombro de Ana Gomes, algumas vezes.   Agora desiludiu-me.  Gosto de pertencer a uma esquerda que se nivela por cima e  não esgravata na porcaria. Sabe-me a vingança e não gosto de vinganças. Não quero saber!  Não me interessa para nada o aviso.

O dito senhor, que não aprecio, vai ser governo, por vontade do povo. Respeite-se essa vontade!

Para memória futura

A História

“…

Assim chegámos a 5 de Junho com PSD e CDS unidos na estratégia de explorar ao máximo este pobre país de herança salazarista ainda activa, de pobreza intelectual secular, de misérias sociais várias e de demissão cívica generalizada. A estratégia era o massacre mediático na diabolização de Sócrates e na redução dos 6 anos de governação PS à necessidade da ajuda externa que esses mesmos partidos de direita, afinal, é que tinham provocado.

Do lado do PCP e BE, bastiões da pureza da esquerda, fontes imarcescíveis de caudais ideológicos que dariam para reflorestar o deserto do Sahara com pinheiros vermelhos, tudo o que viesse contra o PS era platina sobre azul, e se viesse contra Sócrates fazia-se uma festa, por isso alinharam em todas as pulhices em vez de ajudarem o eleitorado a entender as várias facetas das sucessivas crises que temos vindo a atravessar.

O fanatismo imbecil da extrema-esquerda, reduzindo a sua actividade à táctica, foi igualmente um factor de aumentou a facilidade com que fatias largas da sociedade abraçaram o populismo e a descrença numa alternativa democrática. Para quê votar quando PCP e BE mostram que o próprio regime é fundamentalmente corrupto e corruptor?…

Valupi

O ódio

“caro valupapista: vê se acordas e percebes que o teu ídolo e sacerdote já era. Foi deliciosa e competentemente corrido. Já não era sem tempo. Já não era sem tempo, mon Dieu. Que profundo alívio que eu senti, sinto e sentirei. As minhas entranhas são um festival espontâneo de festa e júbilo sempre que recordo aquele último e manhoso discurso. Gostei sobretudo da última palavra: adeus. E depois foi vê-lo partir, partir, partir. Foda-se que bom. …”

Nuno Luís

A fé

“Não acabou, não, Nuno Luís. A sua obra perdura e tortura-vos. Vocês não suportam Portugal ter tido um “gestor” cuja relevância se mede pelo ódio que lhe devotam. Bem feita!

Mário

Os narcisos

“... E assim Passos Coelho atinge o estrelato. Nada lhe é mais caro e, neste ponto específico, só tem paralelo em Cavaco. A partir de agora, temos no poder as duas personalidades narcísicas mais nocivas de que há memória desde o 25 de Abril. Quanto a nós, cidadãos, eles irão sempre abandonar-nos à nossa sorte. Como todos os narcísicos, eles irão sempre e apenas disputar o papel principal e representar em conformidade com as luzes da ribalta.”

personagem de fricção

Excertos para a história no http://aspirinab.com/valupi/para-que-queres-uma-boca-tao-grande-crocodilo/#comments

A realidade vem aí

“Agora é tempo de descobrir que a crise económica não tem apenas causas nacionais, que nos mercados financeiros há especuladores a enriquecer à custa dos ataques à dívida soberana, que as agências de rating ajudam os especuladores e que estão pouco preocupadas em saber quem governa Portugal.

As empresas deslocalizadas não regressarão, as que faliram por não terem resistido à concorrência chinesa não ressuscitarão, os empresários portugueses estão mais interessados em aumentar os lucros fáceis do que em aumentar o emprego, esta vai ser a realidade.

Uma realidade que será agravada pelo impacto das medidas impostas pela troika e provavelmente pelas medidas mais radicais propostas por Passos Coelho.

Bem-vindos à realidade.”

http://jumento.blogspot.com/

domingo, 5 de junho de 2011

José Sócrates

 

Brilhante na derrota.

Passou-se!

 

O Presidente da República, Cavaco Silva, apelou neste sábado ao voto nas eleições legislativas de domingo, referindo que quem se abstiver perde a legitimidade para criticar o próximo Governo.

Sol

sábado, 4 de junho de 2011

O meu voto

O Partido Socialista de José Sócrates  errou, algumas vezes. Resignou-se  à alta pressão das corporações mais poderosas. Faltou-lhe a força de uma maioria e o  lema, antes quebrar que torcer, foi,aqui e ali,  abandonado .  

Ausente esteve também a independência da Comunicação Social, nas mãos da direita dos interesses, que fez coro e aplaudiu até à náusea os lobbies.

Omnipresentes estiveram sempre os profetas da desgraça, os comentadores encartados, das reformas e ordenados milionários a clamar por menos direitos para os que estão muito abaixo na escala social. Uns “sábios” carunchosos a vomitar insistentemente  ódio a Sócrates.

A crise internacional foi ignorada e transformada em crise doméstica. Acredito que a História fará justiça quanto à atribuição da culpa desta crise financeira, económica e social, num país frágil e sem grandes recursos.  Um dia, alguém isento e  de olhos abertos,  ensinará que a crise foi provocada pelas instituições financeiras, pelos Bancos e Agências de rating, que especularam na senda do lucro fácil, agravando as condições sócio-económicas dos mais fracos. Um dia todos acreditarão que nestes conturbados tempos a Política e a Democracia se ajoelharam perante o Deus da Finança.

Perspectiva-se que a Europa solidária dê brevemente o seu último suspiro.  As “ajudas” humilhantes,  com taxas de juro usurárias atrasarão irremediavelmente os avanços tecnológicos, económicos e sociais. Incidentes, como o das férias dos países do Sul ou o dos pepinos de Espanha não são circunstanciais. São um sinal dos tempos.

Com a troika a vigiar e o PSD ávido de poder a situação vai piorar. As lapas das corporações estão todas lá, e não vão arredar pé, cobrando os apoios. As vinganças e os ódios indisfarçados vão espalhar-se como uma epidemia.

Abomino os ataques  de carácter. Detesto ataques rasteiros.

Não sou liberal. Sou de esquerda. Voto Partido Socialista. Porquê ?  Porque sim!