sexta-feira, 25 de março de 2011

Coluna vertebral?

“Num dia, ele [Pedro Passos Coelho] derrubou um governo em nome de um programa de austeridade com o qual dizia não concordar e exactamente no dia seguinte vem a Bruxelas dizer que assume todos os compromissos que foram assumidos pelo primeiro-ministro. Vamos lá ser práticos: nós estamos perante alguém que tem aquilo a que se poderia chamar a coluna vertebral de um caracol", acusou Miguel Portas.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1815076

O PEC IV

 

O Problema do PEC não está nas medidas mas na credibilidade do Governo” diz Ferreira Leite

Voltamos à verdade e à mentira. O mote está dado para a próxima campanha eleitoral … com uma variante: agora as medidas são boas. É preciso não hostilizar a Sra. Merkel, com quem a senhora fez questão de tirar uma foto, há algum tempo atrás. Lembram-se?

Mas a mandona não pensa o mesmo:

Dado que o PEC IV foi rejeitado no Parlamento, a Oposição "tem de revelar publicamente - é muito importante que o faça - que medidas propõem para atingir os mesmos objectivos", disse hoje Angela Merkel, em Bruxelas.
"Esperemos que isto resulte. Não estou optimista nem pessimista. Isto é indispensável se queremos acalmar os mercados", acrescentou, citada pela Bloomberg.”

http://economico.sapo.pt/noticias/merkel-oposicao-em-portugal-tem-de-propor-medidas-alternativas_114361.html

 

O presidente do PSD, Passos Coelho, admitiu, esta quinta-feira, em Bruxelas, uma discordância com a chanceler alemã sobre a reprovação do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), mas disse notar que Angela Merkel está genuinamente preocupada com a situação portuguesa.

João Francisco Guerreiro, TSF/JN

Afinal não é uma questão de credibilidade. É mesmo de medidas!

quarta-feira, 16 de março de 2011

O tempo a voltar para trás

“Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva”

http://www.publico.pt/Política/cavaco-pede-a-jovens-para-se-empenharem-em-missoes-e-causas-essenciais-para-o-futuro-de-portugal_1484974

Inacreditável ! O Presidente de  alguns portugueses desce vertiginosamente para o descrédito total.

domingo, 13 de março de 2011

A Manifestação dos jovens à rasca

Deixo a palavra aos meus filhos (retirado à socapa do facebook):

Ele – Eng. Informático
O teu futuro só depende de ti. E eu também não sei, infelizmente, o que se pretende ao certo com este protesto. :(

Ela - Geóloga

Eu para trabalhar tive de sair de Lisboa. Estou nos Açores há 7 anos, em certas alturas com muito custo, como alguns sabem, fazem falta os amigos de longa data, faz falta a família, perco momentos de partilha importantes quer dos amigos, quer da família.... Pago todos os impostos, conquistei e continuo a conquistar o meu lugar na empresa a pulso.

Campanhas de perfuração de 6 a 8 meses, a trabalhar 12h/dia, 7 dias por semana, às vezes a levantar-me às 3 da manhã, trabalhar mais 2 a 4 horas, e às 8h da manhã em ponto pronta para mais 12 horas de trabalho (sem domingos, sem feriados). Mal pago, menos de metade do que teria direito segundo a lei. se não aceitasse alguém aceitaria. fiz uma escolha, o meu percurso para encontrar a "estabilidade precária" em que estou agora. Não saio do país há anos (a não ser em trabalho), as férias são em casa de amigos/familiares, a acampar, ou casas particulares alugadas. Não tenho um centro de saúde à porta de casa, nem uma maternidade, nem um SAP. O meu telemóvel serve para fazer chamadas telefónicas, enviar mensagens e tirar algumas fotos de qualidade duvidosa.O computador onde estou a escrever foi-me oferecido pelo meu irmão.

O projecto onde estou a trabalhar está em risco e continuo a dedicar-me tal como no primeiro dia, sempre disposta a fazer coisas que muitos diriam:

"eu? fazer cadernos de encargos, planos e orçamentos, relatórios de contas? sou geóloga pá, eu é mais pedras"..

Quantos dos que vão à manif estariam dispostos a isto? Assim conquistei a minha "estabilidade precária", porque a qualquer altura o projecto pode ser fechado e oportunidades aqui não abundam. Mas quem disse que seria fácil? Se fosse à manif, seria não pela geração à rasca, lamento, estou a pagar uma casa, tenho carro, não passo fome, mas estou disposta a emigrar e a sair de Portugal se for preciso continuar a lutar. Se fosse À Manif seria por aqueles que têm por exemplo, 50 anos e que estão desempregados há anos e que ninguém os emprega. Esses sim, estão MUITO piores, porque lhes falta aquilo que nós temos... TEMPO.
E deixo mais uma pergunta no ar... um cadinho de entropia: Qual será a percentagem de pessoas que vão à Manif que votaram nas ultimas presidenciais, legislativas, regionais, autárquicas, europeias? A abstenção é a negação de uma das únicas "armas" que esta "democracia" nos dá...

 

Aditamento:

Foi bom que tudo decorresse pacificamente e sem incidentes. Por isso, estão de parabéns.

sábado, 12 de março de 2011

Nuclear ? … Não! obrigado!

  

       Japão

A central nuclear de Fukushima I sofreu hoje uma enorme explosão, depois do sismo de ontem de 8,9 graus na escala de Richter.

………………………

“O empresário Patrick Monteiro de Barros apresentou em Junho do ano passado um projecto para a construção de uma central nuclear em Portugal, envolvendo um investimento de 3500 milhões de euros”

http://economia.publico.pt/Noticia/mira-amaral-e-sampaio-nunes-propoem-referendo-sobre-energia-nuclear_1257924

Lisboa, 14 dez (Lusa) -- O antigo ministro da Energia e apoiante da energia nuclear, Luís Mira Amaral, defendeu hoje que a opção só faz sentido para Portugal desde que em parceria com Espanha, quer de mercado, quer no sistema de segurança da produção energética.

Lusa

17:41 Terça feira, 14 de Dezembro de 2010

terça-feira, 8 de março de 2011

Brincalhona no facebook!

  • Kathleen Waldon    CAn you tell me something please,,
    when I leave Lisbon to go to Faro,,do I need to take my jacket off?
    I wouldl ike to surprise my boyfriend with nothing on under the jacket,,however I don't want to be the one surprised when asked to take it off to pass through the detectors?

 

Miguel de Sousa Tavares … Obrigado!

Felizmente há quem tenha a empatia suficiente para receber a mensagem e ver mais além… 

“Qualquer idiota sabe e percebe que a TAP é muito mais do que uma simples companhia aérea e mais até do que uma companhia aérea “de bandeira”. A TAP (excluindo o pequeno caso particular da SATA), é a única companhia aérea de um pequeno país continental que tem, todavia, o seu território disperso por mais dois arquipélagos e uma relação de presença muito forte e que deseja manter com uma série de países que foram suas colónias e outros onde se alberga uma vasta diáspora que queremos continue próxima. Ou seja, é um instrumento fundamental da nossa política externa e não apenas de representação. Muitíssimo mais importante e decisivo do que inúmeras Embaixadas que mantemos, delegações do Comércio Externo ou os ridículos Serviços de Informação (cuja utilidade ficou bem patente nos recentemente conhecidos relatórios sobre o Magrebe, onde se garantia que nenhuma revolta era previsível).

O país deve à TAP e aos seus trabalhadores inúmeros serviços cuja importância foi determinante para o nome de Portugal. A começar pelo repatriamento em massa e em condições operacionais dificílimas de centenas de milhares de portugueses evacuados das colónias em 1975. A continuar pelas ligações com países como Moçambique ou Cabo Verde ou (ainda hoje) com a Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe, que lhes permitiram, pura e simplesmente, existir no mapa e sobreviver no mundo, e onde a chegada do avião da TAP foi ou ainda é a chegada do mundo, pela mão de Portugal. Muito mais do que toda a retórica, acordos ortográficos e declarações de amizade, devemos à TAP o melhor da imagem que Portugal hoje tem no Brasil, onde os setenta voos semanais para uma série de destinos diferentes representam também uma ligação fundamental entre o Brasil e a Europa e entre as comunidades emigrantes de ambos os países, além de um contributo determinante para o turismo de Lisboa, por exemplo. E devemos ao espírito de empresa dos seus trabalhadores e aos esforços da sua administração o facto de termos uma companhia aérea que é muito melhor do que o país que lhe dá bandeira (se alguém tem dúvidas, experimente voar na Ibéria ou na Alitália ou em qualquer companhia americana, para saber o que é uma má companhia aérea). Aliás, só esse espírito de empresa, tão raro entre nós, permitiu à TAP sobreviver a todos as malfeitorias que o accionista Estado contra ela cometeu até há dez anos, quando enfim se rendeu finalmente a uma gestão profissional e foi chamar quem o sabia fazer.

Vale a pena recapitular. A primeira malfeitoria foi fazer da TAP, durante mais de vinte anos, um albergue para os boys do bloco central, que a administraram como brinquedo seu, juntando a leviandade à incompetência: ainda me lembro de um presidente da TAP cuja grande obra foi inventar destinos sem qualquer viabilidade económica, para cujos voos inaugurais enchia o avião de convidados amigos e a “Olá-Semanário” para fazer uma reportagem ‘social’. Depois, houve que manter preços políticos e créditos incobráveis a favor dos PALOP e dos seus governantes, que também achavam que a TAP era coisa sua. A seguir, veio o ministro João Cravinho, que concebeu o funesto projecto de fundir a TAP com a Swissair (uma das piores companhias aéreas do mundo), plano que, embora ainda tenha chegado a causar danos, abortou porque, felizmente e entretanto, a Swissair faliu. Depois, obrigaram-na a comprar a Portugália (que, tendo nascido para concorrer com a TAP em destinos próximos, falhou e também estava falida). Depois, obrigaram-na a comprar também esse desastre da Groundforce espanhola a quem tinham entregado todo o handling do aeroporto de Lisboa e Faro (e cujos resultados ainda hoje impedem que a TAP seja confortavelmente lucrativa). E, finalmente, e ao contrário do que se passa no mundo inteiro, a TAP tem vindo a ser progressivamente empurrada para as traseiras e tratada como hóspede indesejável no aeroporto de Lisboa, por outra empresa pública, a ANA, e em benefício das low-cost (mas não é inocente: trata-se de justificar a necessidade do novo aeroporto de Lisboa com o argumento de que a TAP já não tem espaço na Portela). Ironicamente, a história da TAP mostra-nos que de cada vez que gestores privados ditos “de sucesso” ou empresas privadas se imiscuíram no seu caminho, aqueles falharam e a TAP sobreviveu — mas foi chamada a pagar os custos do desastroso ‘sucesso’ privado alheio.
Ou seja: temos aqui uma empresa pública que exerce um papel insubstituível ao serviço do país (e que, obviamente, não será continuado pela Lan Chile ou pela Catar Airways, e, menos ainda, pela Lufthansa ou Ibéria). Temos uma empresa que funciona bem e prestigia o país, que ganhou, por mérito próprio, um papel de liderança absoluta no Atlântico Sul e um papel importante em África, que é rentável enquanto apenas companhia aérea, que é bem gerida, que dá trabalho a 8000 pessoas e paga 200 milhões de euros de impostos por ano. E o Governo quer privatizá-la, perante o silêncio geral (excepção feita a Jerónimo de Sousa). Apenas porque precisa de dinheiro e só não vende o pai e a mãe porque os não tem.

Entendam-me bem: eu nada percebo de transporte aéreo e talvez tenha criado uma espécie de relação amorosa com a TAP difícil de explicar. Mas nestes tempos de depressão instalada, em que não parece haver qualquer sinal de esperança no horizonte, vejo a venda em saldo da TAP como um golpe final, tremendo, no meu orgulho de português. Talvez haja razões que justifiquem que o Governo diga que a venda da TAP é “prioritária”. Mas, por uma questão de respeito pelos que a fizeram e mantiveram a voar, por todos nós, que tantos impostos pagámos para a viabilizar, e por uma questão de amor-próprio — que é quase só o que nos resta — convinha que o Governo explicasse essa ‘prioridade’ e que alguém mais se preocupasse com o assunto.”

Sobre a ANA e a sua atitude para com a TAP, mais uma achega:

No corrente ano a ANA convidou a TAP para uma entrega de prémios onde distinguiu a Easyjet e a Swiftair. Uma low cost de passageiros e outra de carga. Ambas estrangeiras. Ambas assistidas pela Portway, propriedade da ANA.

A de carga faz um voo 5 x semana  para o Funchal com 15 a 17 tons de carga e correio.

A TAP transportou 94.400 toneladas de carga e correio em 2010. 30% é carga nacional. 70% foi angariada no estrangeiro e teve como destino  o estrangeiro. Na Europa para o Brasil e África. No Brasil para Portugal, Europa e África. Nos EUA para Europa, África e Brasil.  Sim, acreditem! temos muitos colegas estrangeiros que também sentem a TAP como sua …  aprenderam connosco!

Para a TAP na cerimónia festiva… apenas uma referência envergonhada no discurso final … nada de troféus!

Isto num ano em que a TAP bateu recordes de passageiros, carga e manutenção, num ano em que foi considerada pelo Banco de Portugal a maior exportadora nacional. 

Provincianos!

domingo, 6 de março de 2011

Contrastes

 

A Libyan army tank guards a traffic intersection ...                                                                                                   

Líbia

        Samba School Drummers section        Participant of the parade from Beija Flor

Brasil

 

Inspirada num porta-bandeira:

Enquanto uns fazem a guerra  … nós fazemos o nosso carnaval!

sexta-feira, 4 de março de 2011

A maior

2011-03-03 18:19

«TAP é a maior exportadora nacional»

Exportações da TAP atingiram 1.783 milhões de euros em 2010, mais 17% do que em 2009 “

 

Aposta certeira:

 

Brasil já é a sétima economia do mundo

ultrapassou França e Reino Unido no ano passado

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/